Comunidade do Gengibre
A comunidade localiza-se na área circunvizinha do campus da FANOR, sede Dunas, e caracteriza-se por apresentar precárias condições socioeconômicas, saúde e moradia, dentre as quais se destacam: a dificuldade de acesso aos serviços de saúde, o baixo nível de escolaridade e a baixa empregabilidade no mercado formal de trabalho. É considerada pela Prefeitura Municipal de Fortaleza como uma área de risco nível 1, uma vez que se localiza em área de erosão geográfica e ocupação de uma lagoa
A aparência espacial e ambiental de parte da comunidade, com esgotos a céu aberto, lixo disperso no ambiente, cães vadios e adoecidos, dentre outros pontos, reflete a precária condição educacional e de vida das famílias, além disso, contribui para diminuir ainda mais a autoestima individual, familiar e comunitária. Para complicar mais ainda a situação, as chuvas desse ano encheram a lagoa do Gengibre, prejudicando várias famílias que tinham construído suas casas e barracos no local. Alguns conseguiram destinar-se a outros endereços, outros continuam morando no local, mesmo com toda a precariedade

Boa parte dos domicílios são construídos com materiais reaproveitados como: plástico, papelão e madeira prensada, recolhidos pelas famílias habitantes. A quantidade de domicílios nessas condições vem aumentando a partir de 2013, com a invasão de região às margens da lagoa e do campo e a construção de novos barracos. Quanto à ocupação e geração de emprego e renda pelas famílias observa-se que algumas vivem de atividades informais e de bicos, tais como a venda do material reciclado que coletam nos lixos produzidos na cidade, especificamente do território da Secretaria Executiva Regional II que historicamente se apresenta como produtora do "lixo rico" da cidade, ou seja, com grande quantidade de material aproveitável. Há também pessoas que possuem comércio no local e as que exercem atividade com carteira assinada.
